Os estalos anunciam que a nuvem está passando. A reorganização da matéria transborda o espaço. Dança com a gravidade em ritmo próprio. Para conhecer um pouco sobre o tempo, precisamos existir até desaparecer. É importante viver o início sem perceber sua ingenuidade, atravessar o meio com a sensação de estar presente e aproximar do fim em direção ao retorno de ser coisa. Ao menos alguma coisa perto de vento e pó.
Do tempo herdamos ser transitórios e estar presente. Sujeito é o que conhece, o objeto é o
conhecido. Sujeito manipula, o objeto é manipulado. O sujeito desaparece. Um objeto vive em primeiro plano a objetividade de ter sido coisa. Sua vida útil é o próprio tempo ou a medida de alguém. O Homo faber fabrica porque é fadado a produzir e consumir. E o que permanece retem mais história do transitório que visita o divino em sua atemporalidade